Criolita

Cryolite ocorre como cristais monoclínicos prismáticos vítreos, incolores, branco-avermelhados a cinza-pretos. Tem uma dureza de Mohs de 2,5 a 3 e um peso específico de cerca de 2,95 a 3,0. É translúcido a transparente com um índice de refração muito baixo de cerca de 1,34, que é muito próximo ao da água; portanto, se imerso em água, a criolita torna-se essencialmente invisível.

Até a descoberta de um importante depósito na Amazônia, o único depósito importante encontrava-se nos filões em granito na Groenlândia.

Por ter baixo ponto de fusão, é usada como fundente em metalurgia do alumínio, como solvente no processo eletrolítico da extração do alumínio (Al) da bauxita; na fabricação de esmaltes para utensílios de ferro (Fe) e aço, de vidros brancos e opalescentes, na vitrificação de cerâmicas, de materiais isolantes, inseticidas e como fundente na limpeza de superfícies metálicas. Como não é muito abundante, a criolita é também obtida artificialmente a partir da fluorita. Portal da química

No folclore tradicional, criolita era considerada uma pedra de proteção. Durante os tempos antigos, as pessoas acreditavam que criolita afastava os espíritos malignos, então a usavam ao redor do peito, muitas vezes engastada em ouro, para deter fantasmas e assim se proteger.

A criolita foi descrita pela primeira vez em 1798 pelo veterinário e médico dinamarquês Peder Christian Abildgaard (1740-1801); foi obtida a partir de um depósito em Ivigtut e no próximo Fiorde de Arsuk, sudoeste da Groenlândia. O nome é derivado das palavras gregas κρύος (cryos) = gelo, e λίθος (lithos) = pedra. A Pennsylvania Salt Manufacturing Company usou grandes quantidades de criolita para fabricar soda cáustica em suas fábricas em Natrona, Pensilvânia, e em sua Planta de Cornwells Heights, Pensilvânia, durante os séculos XIX e XX. Historicamente, foi usada como minério de alumínio e, mais tarde, no processamento eletrolítico do minério de óxido rico em alumínio bauxita (ele mesmo uma combinação de minerais de óxido de alumínio como gibbsita, boehmita e diásporo). A dificuldade de separar o alumínio do oxigênio nos minérios de óxido foi superada pelo uso da criolita como um fundente para dissolver o(s) mineral(is) de óxido. A criolita pura em si funde a 1012 °C (1285 K), e pode dissolver os óxidos de alumínio suficientemente bem para permitir a fácil extração do alumínio por eletrólise. Ainda é necessária uma quantidade substancial de energia tanto para aquecer os materiais quanto para a eletrólise, mas é muito mais eficiente em termos de energia do que fundir os próprios óxidos. Como a criolita natural é muito rara para ser usada para este propósito, o fluoreto de sódio e alumínio sintético é produzido a partir do mineral comum fluorita.